Quiet Quitting – o novo termo utilizado pelos profissionais dessa geração

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil está em 1º lugar no ranking como o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo, ou seja, os índices relacionados à saúde mental não são nada favoráveis no país. Com a força do setembro amarelo no mês passado, um termo específico sobre saúde mental acabou chamando a atenção nas redes sociais: o Quiet Quitting.

Quiet quitting nada mais é do que um movimento que defende fazer apenas o mínimo na carga horária trabalhada, sem exceder horários, atividades e etc. Vamos entender um pouco mais sobre o que é o Quiet Quitting, como evitá-lo e construir um ambiente de trabalho mais saudável a seguir:

Confira como evitar o quiet quitting e construir um ambiente de trabalho mais saudável

O que significa Quiet Quitting?

Quiet quitting, do inglês, na tradução literal, significa algo como “saída silenciosa” ou “desistência silenciosa”, porém, contextualizando, seria algo como “demissão silenciosa”. 

A tradução literal pode acabar confundindo as pessoas, visto que pode deixar subentendido que a pessoa está abandonando o emprego ou se planejando para fazer isso “silenciosamente”, mas na verdade, quiet quitting não é sobre isso.

O movimento tem como premissa principal limitar ou reduzir suas demandas de trabalho apenas àquilo que está oficialmente definido nas funções do cargo em que ocupa. Ou seja, não se responsabilizar por nenhuma outra tarefa que não seja estabelecida pela sua posição atual e fazer o mínimo que puder para concluir o trabalho.

Mesmo não sendo o objetivo principal, o movimento dá voz às pessoas que não estão satisfeitas com a maneira com que seus contratantes os tratam, por exemplo, forçando funcionários a voltar ao trabalho presencial quando o trabalho remoto era aceitável e produtivo e não pagam por trabalho extra. 

O real objetivo do movimento é evitar o burnout (e todos os outros problemas de saúde mental relacionados à exaustão no ambiente de trabalho) ao trabalhar mais horas do que o combinado e fazer mais do que você foi contratado pra fazer (sem ganhar nenhum adicional por isso).

Como lidar com o quiet quitting no ambiente de trabalho

Podemos dizer que os quiet quitters são, no contexto geral, funcionários desengajados, por isso, é necessário reconstruir e recuperar esse engajamento.

Pensando nessa questão, sugerimos algumas soluções simples, mas eficazes, para retomar o engajamento da equipe:

1 – Identifique e Recupere: De acordo com uma pesquisa da Gallup, aproximadamente 55% dos profissionais nascidos após 1989 se sentem desapontados com seus empregos e praticam o quiet quitting. Embora qualquer funcionário possa desencadear esse comportamento, fique de olho nos trabalhadores mais jovens. Em muitos casos, ter uma conversa aberta com a pessoa certa pode ser uma solução antes mesmo de o problema surgir. Além disso, é sempre importante repensar sobre pagamentos, benefícios, oportunidades de desenvolvimento e até mesmo ouvir a própria equipe sobre outros benefícios.

2 – Sempre deixar suas expectativas bem claras para o time: um bom gestor não deve simplesmente aceitar que os funcionários pratiquem o quiet quitting sem procurar o que está havendo e como a sua gestão pode estar sendo a causa direta para isso. Para isso, é preciso que as expectativas com a equipe estejam sempre alinhadas e de maneira frequente. Um bom exemplo de ação para alinhar expectativas de desempenho são as reuniões one on one

3 – Reveja o modelo de gestão: Em um mundo agitado, as pessoas começam a sentir o cansaço e o desânimo que vêm com o final da pandemia. Por isso, vale a pena considerar novas estratégias para alcançar seus funcionários de forma proativa, especialmente aqueles em funções e locais. As pessoas estão reavaliando suas prioridades, e os funcionários de hoje precisam de mais oportunidades para aprender, crescer e prosperar no trabalho. Os funcionários tendem a ser mais felizes quando compartilham experiências benéficas com os colegas. Logo, reunir as pessoas para que elas possam contribuir umas com as outras é essencial!

O que sua empresa está fazendo para construir um ambiente de trabalho saudável?

Talvez o maior desafio para as empresas não seja apenas criar iniciativas para melhorar a qualidade de vida de seus funcionários e criar um ambiente mais saudável, mas manter esses hábitos ao longo do tempo. Então, a seguir confira algumas dicas para ajudar a manter um ambiente saudável:

1 – Qualificar líderes;

2 – Incentivar boas relações profissionais;

3 – Priorizar a comunicação;

4 – Estimular a diversidade;

5 – Revisar a política de benefícios;

6 – Adotar uma cultura de feedbacks;

7 – Incentivar os cuidados com a saúde (física e mental);

8 – Reconhecer o bom trabalho.

Proporcionar a melhor experiência possível aos colaboradores é uma das melhores alternativas para melhorar o engajamento e, como vimos aqui antes, colaboradores engajados são mais produtivos e, portanto, refletem diretamente os benefícios financeiros de uma empresa!

Como a comunicação pode auxiliar nesse processo?

A comunicação é parte crucial de todo o processo: seja promovendo a saúde física e mental na empresa, restaurando o engajamento dos colaboradores, ou até mesmo evitando um quiet quitting que já está acontecendo.

Ouvir o que um funcionário tem a dizer, seja sobre um cargo, sua atribuição, gestores ou até mesmo vida pessoal, pode ser um divisor de águas em todo o processo.

Estamos falando de apreciar os sentimentos dos funcionários. Quando estamos felizes somos mais produtivos, e isso é indiscutível!

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